quinta-feira, 29 de maio de 2014

Atualização

As vezes, eu juro, eu odeio o facebook.
Não sei por que, essa merda, eu tive que parar o olho numa atualização tua. Estava ali, bem discreta no canto da tela. Abri, torcendo pra que fosse uma foto de um cachorro, do sol, de uma cerveja na tua mão. Mas não era. Era você, de rosto, no estilo mais lindo que eu poderia imaginar. Eu nunca fui boa em ter lubrificação, mas eu juro: quando eu vi a foto, pinguei. Derreti. Esquentei por inteira e tremi. Gemi baixo e falei: filho-da-puta. LINDO! Tão lindo que eu quase te liguei pra dizer: me come, agora, por favor!
Problema é essa distância toda entre meu corpo e o teu suor. Problema é meu corpo se dar pra outros corpos e, quando eu vou brincar sozinha no chuveiro, eu falo teu nome bem baixinho, sussurrado, como se pudesse me ouvir, como se fosse a qualquer momento invadir meu banheiro e me foder na água quente, como já fizemos outras vezes.
Queria que, por um segundo, pudesse sentir o quanto eu escorri só em olhar uma simples foto. Que enfiasse os dedos em mim como já fez comigo no meio da rua de madrugada depois que eu disse que, na pressa de te encontrar, eu não coloquei calcinha.
Problema é esse teu pau gostoso longe da minha lingua rápida. É esse teu sorriso longe do meu olhar. É essa foda errada com pessoas erradas.
Problema é o clichezão 'o cara certo na hora errada'.
Mas, escorpiana, sou insistente. Saberei esperar. Tic tac

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Presente

Feliz aniversário, meu bem!
Entre todas as felicitações, no meio do seu dia, você receberá uma mensagem: vem buscar o seu presente.
E o seu presente sou eu. In tei ra.
Quando, ao fim do dia, depois de sentir suas bochechas doendo de tantos sorrisos de agradecimento, pega o carro e vem pra cá. A lingerie de hoje é a vermelha. Vermelho sangue. Vermelho fogo.
Já arrumei o quarto. Fechei as janelas, liguei o ar condicionado e acendi uma vela. O quarto cheia a malícia e jasmim. Vamos ver se você consegue me esquentar apesar dos 18 graus.
Pra noite de hoje eu separei uma venda. Quero que só a sua pele seja responsável pelos seus gemidos. Vou fazer meu cabelo lhe dar cócegas e imaginar qual será o próximo alvo da minha língua voraz. Vou sussurrar no seu ouvido, bem baixinho, tudo que você pode fazer comigo essa noite. E acredite quando eu digo que uma noite só é pouco. A eternidade é pouco.
Mais um presente: um vale fantasia. Vou realizar qualquer desejo escondido seu. E vou fazer isso com a cara mais safada do mundo, porque sei que, na verdade, quem ganha essa brincadeira sou eu.
Aniversário não é aniversário sem bebida. Separei seu vinho favorito na melhor taça da casa: meu corpo. Sinta-se a vontade para degustar da forma que preferir.




Hora de soprar as velas.




quarta-feira, 7 de maio de 2014

Sósia



Você não faz ideia, mas eu conheci outro cara igual a você, fisicamente falando. A mesma cor dos olhos, o mesmo cabelo mal cortado, o mesmo rosto marcado. Beijei, com a mesma fome que eu te beijaria se você não tivesse sumido da minha vida sem dar explicações. E ele veio, envolvendo minha cintura e puxando meu cabelo - agora curto - pra eu ser obrigada a sentir o volume das calças que aumentava com a velocidade do beijo.
Ele, tão filho da puta quanto você, me deixou em casa com um beijo no canto da boca e um 'até logo'. Até nisso se parecem! Me deixam quase explodindo porque o universo contou que na próxima eu vou querer tirar o couro.Você sabe que eu não perdoo essa pele branca. Ele não, mas ele sente.
E eu sonhei com você a noite toda. E com ele também. E com nós três juntos. Era uma putaria de dar inveja ao vizinho que insiste em bater na parede do meu quarto quando a gente fode. Duas barbas cheias me arranhando. Duas bocas me engolindo. Dois homens - tão parecidos - pra eu ser puta e saciar os dois de forma igualitária. Beijar a boca dele e chupar seu pau em seguida. Ouvir você me chamando de vagabunda enquanto ele me bate até eu sentir a pele arder.
Nós três perdidos em gozos, e eu, em êxtase total. Sendo fodida por dois pares de olhos claros e paus espetaculares. Topa?