quinta-feira, 1 de agosto de 2013

4:13am

“preciso não dormir até se consumar o tempo da gente”
Não dormi. Não dormi bem antes de te ver chegar e muito menos depois da tua partida. Morfeu me abandonou e mandou a euforia no lugar. E dessa brincadeira toda, como convencer os olhos a ficarem fechados se a serenidade me abandonou? Procura, procura por aí que ela deve ter ficado no teu bolso – ou talvez na tua boca. Quem sabe estivesse pelas roupas no chão e eu varri sem querer pro lado de fora de casa.
Agora, depois que os lençóis já estão frios e meus pés voltam à temperatura glacial que são sem teu calor, eu me viro e remexo nessa cama tão pequena que sem outro corpo parece uma king size. Ainda sinto o arrepio da barba e minha boca se abre esperando teu corpo agora ausente. Fecho os olhos tentando estender o prazer que a tua língua ágil me deu por todas essas horas e quase sinto a tua invasão lenta e torturante. BOOM! Estou pronta pra mais horas de provocações, jogos de sedução e risadas inesperadas.
Meu lençol traz o sinal que eu já estou sozinha e o cansaço do corpo me lembra que já é tarde, mas, se tivesse teu olhar de fome, teu desejo de corpo aqui e agora, estaria pronta a correr uma maratona, saltar, dar acrobacias e cavalgar por muito tempo.


Quem sabe a ausência te deixe corroído de vontades e meu gosto apareça na tua boca e queiras aparecer por aqui, só pra gente conversar. Prometo, é só conversa e nada mais.


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